Segundo diferentes relatos históricos, o Jardim do Palácio era organizado em caminhos e num denso bosque, onde emergiam estátuas, lagos, fontes e tanques, uma casa de fresco e duas capelas, cujo interior era ornamentado por retábulos saídos das mãos dos célebres escultores de Mafra.A maior parte da área do Jardim foi recuperado após o abandono que o caracterizou durante várias décadas, compreendendo atualmente diversas instalações desportivas, vastos espaços verdes, caminhos pedonais, a Casa de Fresco e as Capelas.
O Jardim foi também imortalizado por intelectuais da literatura da época, como William Beckford:
“(…) Partimos imediatamente para a quinta do visconde de Ponte de Lima, onde a sombra densa dos loureiros e dos robles nos abrigou do excessivo ardor do sol. O marquês, sentando-se a meu lado, próximo de uma das cristalinas e abundantes fontes que refrescam e dão vida a esta quinta magnífica, no gosto italiano, começou um discurso muito sério e semi-oficial acerca da minha estada em Portugal (…).
Senti-me aliviado quando a aparição de D. Pedro e seu tio, que tinham ido de passeio até ao fim duma extensíssima avenida de pinheiros, pôs ponto numa conversação que já principiava a pesar-me. Voltámos juntos para casa do Capitão-mor, e achamos o jantar pronto.”
William Beckford, 1787
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