A confiança é o sentimento de haver em nós e em tudo uma verdade, sanidade e bondade naturais, a verdade, sanidade e bondade da natureza profunda de todas as coisas.

É ela o fundo e a raiz de todas as nossas possibilidades de desenvolvimento. Quando nos conectamos com esse fundo, confiamos no melhor que há em nós e nos outros e não nos identificamos com o medo, o desalento, o desespero, a tristeza e a negatividade, por mais abruptamente que por vezes se manifestem. Confiamos no mundo, na existência e na vida como uma imensa oportunidade de crescimento e aperfeiçoamento, mesmo e sobretudo através das experiências mais dolorosas e árduas, sabendo que elas são dádivas que nos oferecem a possibilidade de nos libertarmos do que impede ou atrasa a nossa evolução. Esta confiança não é uma fé cega ou um sonho irrealista, mas uma experiência que vem do fundo de um coração aberto, sensível e sábio, que não ignora os problemas e dificuldades da vida, mas vê que podemos sempre não lhes deixar a última palavra ou que apenas parecem ser negativos enquanto não conseguimos ou não queremos ver a porta e horizonte mais amplos que nos abrem.

Onde há esta profunda confiança a paz é possível.

Autor: Paulo Borges. Copyrights iLIDH 2015-